Fé de mais, ou fé de menos...?
Grande cheia do Mississipi. As águas vão subindo vertiginosamente e a polícia começa a evacuar os ribeirinhos por meio de barcos. Chegando à casa de um pastor, com a água já cobrindo o piso, o mesmo recusa-se a ser resgatado, protestando:
- Eu sou um homem reto, fiel e perseverante e estou certo de que no momento devido o Pai me salvará...!
Quando a polícia retorna, de barco, a água já cobriu o andar inferior da casa do pastor, e o mesmo é encontrado na varanda do segundo andar.
O diálogo é o mesmo. O homem, de inabalável fé prefere aguardar a salvação divina.
Numa terceira vinda da polícia, desta vez de helicóptero, o pastor acha-se empoleirado no teto de sua casa. O diálogo é que não muda. O homem reafirma ser temente e confiante na salvação.
E a água sobe mais, e mais. E o pastor morre afogado. E vai parar direto no céu.
Ao ver Deus, sua pergunta é inevitável:
- Pai, que houve, eu confiei, perseverei, esperei, esperei, e a graça não alcancei!
- Meu filho, onde afinal você estava: duas vezes um barco mandei, da terceira, até um helicóptero lá fiz levar, e neca de você embarcar...