AÇÃO DE GRAÇAS

O dia de Ação de Graças é comemorado no mês de novembro, no hemisfério norte, para agradecer a boa colheita do ano.

Como é sabido, colhemos o que plantamos, não só na terra profícua em nutrientes, como com nossas ações diárias, com amor, e generosidade, ou com ações espúrias de mentes alucinadas.

Devemos agradecer por não termos os olhos vendados pela ignorância; já que fomos munidos com o dom da inteligência, do raciocínio, e do discernimento dos mistérios da vida, cabe-nos lobrigar o certo do errado. O manto diáfano cobre-nos, e nos protege das agruras do infinito, do imponderável, aproximando-nos do finito.

A fé resgata os espíritos mal encaminhados, traz de volta para o caminho da paz as ovelhas desgarradas pela fúria da cobiça, e pela sedução dos prazeres carnais que o corpo reclama a cada momento. A fé é a âncora dos espíritos perdidos na profusão de idéias, de deuses, de charlatães.

Havia um povo cujo Deus era o TROVÃO. Quanto mais ele ribombasse mais o povo caia no chão em louvores e adoração.

O filosofo explicou que aquele povo tinha todo o direito de adorar o deus trovão. Não era sandice nem ignorância, pois que:

- o trovão trazia chuva;

- o trovão molhava a lavoura;

- enchia a cacimba;

- o açude;

- prodigaliza peixes;

- lavava a roupa;

- brilhava a panela;

- trazia fartura;

-feijão, macaxeira, mandioca, batata doce, milho verde, chuchu, e

Dinheiro no Cofrinho de Dona Maria. Bendita chuva, mandada pelo Deus Trovão.

Esse povo tem mesmo é que adorar quem lhes acode, quem lhes dá o que comer, o que vestir, saúde para os filhos que não param de crescer e cada dia com mais apetite.

Vão adorar a quem? A Vesúvio, a Bacco, a Moisés? Esse povo nunca viu ninguém, nem nada, diferente do seu trovão, com nuvens escuras, clareadas com sua linguagem de raios, despejando vida. Esse povo acredita no que vê! E ele enxerga a chuva todos os anos, e quando isto não acontece é porque o Deus Trovão, está com raiva deles. Eles pecaram, ou não souberam agradecer com fervor a última chuva bendita.

A fé alimenta os corações desejosos de encontrar uma Entidade Superior, para adorar, para agradecer, para sublimar os sofrimentos da terra. A fé é a grande raiz do majestoso milagre da vida.

Com fé e crença sentimo-nos resguardados, seguros, e protegidos pelo nosso Deus, nosso pai querido, nosso augusto Senhor que nos deu a existência para nosso deslumbramento. A fé finca origens e prossegue caminhando nas veredas dos eternos descobrimentos, elementares para o Ser supremo, e misteriosos para nós. A magia do entrelaçamento de nossos espíritos com o trono Divino, é coisa que só a morte glorifica e explica.

A FÉ NÃO É UM COMPROMISSO,

MAS SIM, UMA ENTREGA.

Anchieta Antunes

Gravatá – 21/03/2015.

Anchieta Antunes
Enviado por Anchieta Antunes em 12/04/2015
Código do texto: T5203849
Classificação de conteúdo: seguro