Cinzas
Cinzas, foi o que me restou. O peito ainda doí, não por mágoas, mas pelo vazio que ganha espaço a cada giro do ponteiro do meu relógio. Percebo que se aproxima, será apenas uma questão de tempo e estarei do outro lado. Não tenho forças, não sei mais o que quero. A única certeza é que deste jeito, o que está na real, não quero mais. Tu es a minha salvação. Tu sabes o que será de mim. E a partir de agora, passo a direção do meu carro para ti. Leva-me para onde querias. Sempre fui tua, mesma na rebeldia, agora na humildade ou na descrença, não quero mais conduzir. Quero apenas PAZ.