SENTINDO-ME CARENTE...

Dizem que a pior pobreza é a falta de amor

Pois então estou pobre e sentindo essa dor

Todo amor que em mim eu tinha

Sameei em terrenos áridos, entre ervas daninhas

Gastei minhas energias cuidando e regando

Confiando na lei do retorno e esperando

Que com minhas atitudes nobres, teria um jardim

Mas quando as flores floriram, não foram para mim

Então o pouco de amor que ainda me resta

Guardo em meu coração, fechando até as frestas

Procuro o meu EU e me pergunto:

À quem devo dedicar esse pouco de amor nesse mundo?

E a resposta é: “Ama à mim, o teu EU moribundo...

Dedica-me o resto de seus sentimentos mais profundos”

Porém, se eu não dedicasse esse amor à Deus seria impróprio

Mesmo que nada me reste...nem mesmo o amor próprio

Faço então uma prece, dedicando à Ele o meu louvor

E com a minha alma carente, clamo por seu amor...

“Senhor, cura o meu coração partido

Cura a minha alma, onde ela tiver se ferido

Tira do meu coração essa revolta

E traz o amor para a minha vida, de volta...”