Rasante da Garça
Uma garça voava
Voava sem destino
A procura de uma arvore
Para o pouso vespertino.
Que fazer, já cansada,
Na mata em fogaréu,
No cair da noite
Escuridão fatal vinda do céu.
Eis que o vaga-lume
- um ponto de luz –
A guia à palmeira segura:
Em verde musgo
No topo da serra
Aonde se repousou
Até o amanhecer já sem guerra.