Súplica (ou Pai, Me Ensina a Ser Poeta)

Pai, me ensina a ser poeta

A brincar com as palavras

Correr no papel com a caneta

Papel almaço, sulfite ou de seda

Pai, me ensina a ser poeta

Pra que eu nunca esqueça

Como andar de bicicleta

E com a poesia e adormeça

Pai, me ensina a ser poeta

A traduzir o que diz o coração

A falar de amor, sentimento, paixão

Dor, desalento, encanto ... razão

Pai, me ensina a ser poeta

Para sentir o doce gosto

Ao amor ser exposto

E o sorriso habitar meu rosto

Pai, me ensina a ser poeta

Me ensina a ser palhaço

No palco do circo encantado

Das palavras no cordel amarrado

Pai, me ensina a ser poeta

Mesmo que não seja essa minha sina

Peço com calma e alegria

Sem nem saber, se isso é coisa que se ensina.

(Fabrízio Stella - 17/05/2007)