Salmo II- Clamor
Lancei-me na noite escura... Senhor
Queria conhecer o brilho de minha lamparina
Poderia ela iluminar uma trilha ornada de flores e espinhos?
Aventurei-me nos oceanos... Senhor
queria testar minhas velas e minha força no leme
Poderia vencer a fúria de uma tempestade?
Eu temi o mar...
Solitário... Sempre sozinho marquei o mundo com meu rastro
Não houve quem me seguisse...
Eu tremi nas noites perenes
De solidão um vasto campo carente de vegetação
Senhor, olhei o céu e imaginei-me sendo estrela
E quando olhei a terra vi um velho arrastando-se pelo seu destino
curvado, apoiado em uma vara, tão cansado e abandonado quanto eu...
Desejei a morte e seu descanso, desejei o sono profundo
Nada ver, apenas sonhar...
Senhor eu chorei... Minha lamparina pouco ilumina
e minhas mãos são vacilantes no leme
As velas de minha embarcação desfalecem diante os ventos furiosos...
Ah meu Senhor, quanta saudade tenho de ti
De louvar-te o nome, de me alegrar na ignorante inocência
que cheia de esperança nos coloca nas palmas de tuas mãos...
Ah quem sou eu? Em mim não corre o grosso sangue de Jacó
Nem a bravura de Elias, muito menos a sabedoria de Salomão e a astucia de Jeremias
O mundo hoje é a tesoura de Dalila, a deslealdade de Jacó para o velho Esaú
O mundo o hoje é a covardia de Pedro, são os pregos e o madeiro.
E eu preciso tanto de ti eu que ouso criar meus salmos
nascidos de meu coração sedento de tua benevolência...
Envergonho-me de pedir-te que me sustente com tuas asas
por mais cortante seja o frio gélido da solidão.
Pois, Deus de meus pais, tantas vozes é uma multidão
e eu sou o grão de areia que se desprendeu de um rochedo...
Tem-se piedade senhor, eu que tenho medo, pois o canto da morte é doce
sobrepuja os cantos suaves da vida...
Senhor... Não sei qual mistério guardas em teu coração
Creio eu que faça parte, mesmo que pequena parte
E que seja um mistério de amor e compaixão...
Perdoe-me, pois o mundo hoje é populoso
e nele não vejo amor, e não vejo nascido quem há de me amar
que o mistério de seu coração seja o amor que sempre esperei
em cada vez que olhei para os céu de tua criação e por teu olhar esperei...
Nada sou... Mas me deste os pendores de teus profetas
e com eles vieram toda gama de provações e tristura
Em minhas veias não corre o grosso sangue de Abraão
Mas sou pequena como Davi
Sofro por muito saber, tal como Salomão.
Eu sinto o frio das horas longas da espera do porvir...
Até quando senhor?
Lancei-me na noite escura... Senhor
Queria conhecer o brilho de minha lamparina
Poderia ela iluminar uma trilha ornada de flores e espinhos?
Aventurei-me nos oceanos... Senhor
queria testar minhas velas e minha força no leme
Poderia vencer a fúria de uma tempestade?
Eu temi o mar...
Solitário... Sempre sozinho marquei o mundo com meu rastro
Não houve quem me seguisse...
Eu tremi nas noites perenes
De solidão um vasto campo carente de vegetação
Senhor, olhei o céu e imaginei-me sendo estrela
E quando olhei a terra vi um velho arrastando-se pelo seu destino
curvado, apoiado em uma vara, tão cansado e abandonado quanto eu...
Desejei a morte e seu descanso, desejei o sono profundo
Nada ver, apenas sonhar...
Senhor eu chorei... Minha lamparina pouco ilumina
e minhas mãos são vacilantes no leme
As velas de minha embarcação desfalecem diante os ventos furiosos...
Ah meu Senhor, quanta saudade tenho de ti
De louvar-te o nome, de me alegrar na ignorante inocência
que cheia de esperança nos coloca nas palmas de tuas mãos...
Ah quem sou eu? Em mim não corre o grosso sangue de Jacó
Nem a bravura de Elias, muito menos a sabedoria de Salomão e a astucia de Jeremias
O mundo hoje é a tesoura de Dalila, a deslealdade de Jacó para o velho Esaú
O mundo o hoje é a covardia de Pedro, são os pregos e o madeiro.
E eu preciso tanto de ti eu que ouso criar meus salmos
nascidos de meu coração sedento de tua benevolência...
Envergonho-me de pedir-te que me sustente com tuas asas
por mais cortante seja o frio gélido da solidão.
Pois, Deus de meus pais, tantas vozes é uma multidão
e eu sou o grão de areia que se desprendeu de um rochedo...
Tem-se piedade senhor, eu que tenho medo, pois o canto da morte é doce
sobrepuja os cantos suaves da vida...
Senhor... Não sei qual mistério guardas em teu coração
Creio eu que faça parte, mesmo que pequena parte
E que seja um mistério de amor e compaixão...
Perdoe-me, pois o mundo hoje é populoso
e nele não vejo amor, e não vejo nascido quem há de me amar
que o mistério de seu coração seja o amor que sempre esperei
em cada vez que olhei para os céu de tua criação e por teu olhar esperei...
Nada sou... Mas me deste os pendores de teus profetas
e com eles vieram toda gama de provações e tristura
Em minhas veias não corre o grosso sangue de Abraão
Mas sou pequena como Davi
Sofro por muito saber, tal como Salomão.
Eu sinto o frio das horas longas da espera do porvir...
Até quando senhor?