Carol
Pérola rósea da vida,
Estrela d'alva que o breu soturno ilumina,
A uma cara, mais querida alma amiga,
Rogo que não te esqueças jamais
Que a dor de nada vale
Senão essa certeza pura de que o amor
Que pulsa como corcel rubro indomável nesses corações feridos
Apenas cresce,
Transforma-se em laço irmão que une quaisquer espíritos.
És agora símbolo perene desse laço que um dia nos abraçou
Para nos manter unidos eternamente,
Nos nutrindo apaixonadamente.
E, por favor, não fiques ébria de banzo de cá,
Desata esse prateado nó que inda lhe algema à densidade da carne.
Descansa, estuda, aprende e, no reencontro, ensina, irmã
Pois carecemos disso, de mais amor, de mais compreensão,
De mais paixão, mais coração,
Mais intelecto. Mais humanidade.
Sede feliz, querida. Flui...
Carol, realmente não sei o que dizer... foi 1 ano perto de você, minha dor não se equivale à da sua família, mas foi realmente um baque horrível em nossas vidas, na de todos. Vai ser difícil superar a dor até que ela vire apenas uma imensa saudade distante e embaçada, um amor esmagador que comprime nossos corações e vísceras, talvez nunca consigamos, mas saiba, onde quer que esteja agora, que você e tudo o que você foi, tudo o que você é nunca será esquecido. Você e toda sua essência são e sempre serão insuperáveis; mesmo não estando mais fisicamente entre nós, sua energia está sempre intocavelmente impregnada em nossos corpos, na nossa sala, na escola, no seu lugar, em tudo que tocou, inclusive em nossos corações feridos pela tragédia da foice ter tirado você de perto de nós. Sempre vou me lembrar de você como a garota meiga, esperta, alegre e especial que sempre foi; ficará marcada em nós como essa guerreira que superou a tristeza com sorrisos, risadas e abraços calorosos, a menina maravilhosa que foi, luminescente como ninguém, única no mundo todo. Vamos ser fortes por você como você sempre foi por si mesma e por todos. Sei que... pode demorar, mas essa dor é passageira, todo esse sofrimento vai embora tão rápido quanto chegou. Não esqueça nunca, Carolzinha, te amamos muito. Nada vai ser igual... Acho que a gente diz e escreve essas coisas pra você, pensando em você, com talvez alguma esperança, mesmo que pequena, de que um dia você venha a ler tudo, a ler e ouvir todas essas declarações de nossas saudades sem fim e sorria, ria daquele jeito infantil e inocente que só você tem, um riso gostoso de criança, e diga que somos todos uns bobos por sofrermos por você e que ficou com saudades também. Que onde quer que esteja, olhe por nós e receba todas essas vibrações boas e sinceras, feridas, que receba não com revolta, mas emocionada. Amamos você, muito, tanto... Fique bem...