Salmo da hora morta

E assim clamaria o homem diante o fogo que verte de tuas entranhas:
-Felizes são aqueles que dormiram sob as asas de tua proteção
quem observou teus olhos nas estrelas e do cálice de tua ira não bebeu!
Mas e quanto a mim Senhor, que sou criança e tenho o coração aquebrantado?
O que faço daqueles que se vangloriam em teu santo nome?
Tu, Oh grande! De onde provem a vida e o caos... Deste-me a espada, mas a força me falta!
Senhor lembra-te da promessa feita aos meus pais...
Esteja comigo assim tal como esteve com Jeremias
Queime minha língua com o fogo tal como queimou a língua de Isaias
Que os corvos me alimentem nos dias em que me escondo e que eu seja tua vontade
Minha espada não decepará cabeças como a espada de Elias!

Quero ser o amor que verteu abnegado e rubro de teus olhos!
Nada mais do que para o quê me precipitas-te a esta Terra de assolação!
Não cale tua voz em meus versos...
Não permita que incautos noturnos apaguem de minhas liras o teu nome santo!

Confio em ti que deu luz às estrelas
E soprou vida em meus pulmões!
Felizes aqueles que confiaram em teus tesouros
E reto andou por tuas veredas!

Na Babilônia a fornalha de Baal queimou
Sete vezes mais o fogo é alimentado...
Mas nem eu e os meus são abandonados

Emanuel dança com Teus filhos no fogo da luta
de peito aberto e pés descalços... E na Babilônia dormiram os leões
Pois eu que de tudo fiz, do sangue a deuses estranhos eu não bebi!

Louvado sejas tu...E eu revelarei o que para mim foi revelado...
Contarei onde com ti selei acordo e quando me fizeste teu povo!
Mas serão dias em que a escuridão há de perseguir-me
E os lobos desejarão minhas entranhas e minhas carnes...

Não me abandone no dia em que depositarei aos pés do povo o  que escrito está, me guarde dos filhos de tua dor de parto!
uma vez mais ouso pedir, que lembre-te do amor, não te ires com as crianças
deixe que os homens brinquem com teu nome, pois antes teu nome que com a morte
Pois hoje tu és vida que brota frondosa do coração do Leão da Tribo de Judá!

Prepara senhor a pele onde a tinta há de deitar
A pedra onde tua vontade será talhada...Apague o livro da vida e o refaça
Permita que o desejado das nações se mostre
Erga entre os meus a memória do homem cuja ciência era tão somente amor

Aquele que é a Rosa de Saron, raiz de Jessé...
Erga-se entre os homens Aquele que veio com a luz
que de tudo se esqueça o homem...Que de tudo faça o homem
mas não permita que morra no homem a memoria de Jesus!

Tens visto Senhor, meus inimigos se levantam
e o devorador rodeia aqueles que têm sabor de mel
Os que foram ungidos com teu poder!

Tens visto que sangue por paz já não é mais caminho
Que das guerras cansei... Assim como enjoei da riqueza dos vinhedos
Hoje a tinta da uva somente é o sangue da proteção que me cobre
o vinho que celebra pela vida a morte e a dor pelo o amor...
O dia em que tu no coração de teu filho por nós te sacrificaste!

Que a paz seja conquistada com paz...
E que o sangue seja tão somente o liquido quente nas veias de homens conscientes.
Que a violência morra não assassinada, e sim por causas naturais...De velhice, pois somos antigos para sermos ainda tão arcaicos, primitivos!


 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 01/09/2013
Reeditado em 23/09/2013
Código do texto: T4461438
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