DO INFERNO MAIOR

NA MANHÃ DE 18 DE MAIO DE 2013

O ser humano pode renunciar e tem a capacidade de passar pelos mais acerbos sofrimentos visando o bem, a superação, a evolução própria e a dos seres amados. Perceber que tudo foi em vão, que tudo o que se sofreu, que todas as renúncias e provações vividas foram, todas, em vão, que as pessoas envolvidas só foram piorando, gradativa e progressivamente, a condição existencial da própria alma... Que a nossa entrada em suas vidas, por mais que lutemos por esses seres amados, lutemos por amor, lutemos por perdão dos erros cometidos, lhes semelha, o nosso estar na vida deles, sempre, irremissível, uma maldição... Ai, Meu Senhor... todas as lutas, todas, em vão... em vão... em vão... tudo para nada, ou pior, tudo para o muito pior... E, mais terrível ainda do que tudo, perceber que nos estamos endurecendo, perdendo a esperança, a fé em qualquer poder de ação do nosso próprio amor, logo, nos perdendo de nós mesmos, também... Senhor Deus, Senhora Mãe, pode haver algo mais dantesco sobre a face da Terra do que isso tudo? Pode haver Inferno maior, Senhores da Paz e do Amor? E saber que, mesmo partindo-se de vez, nada pôde nem pode ressarcir de mal que tenhamos causado no passado, nada, nem sofrimento, nem renúncias, nada, nada, nada. Senhor, Senhora, tende piedade de nós! Tende piedade de nós! Para vós ergo minha face de Tristeza e rogo: Tende piedade de todos nós, amém!

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