ORAÇÃO DE MARÇO-2013

Pai, dá-me um pouco de sabedoria e inteligência para que eu possa comunicar contigo e dizer das minhas necessidades e fraquezas. Estou nos últimos dias de deserto mental, neste período da quaresma; sinto a minha alma sendo testada em vários momentos. Em muitos sou derrotado, em alguns consigo vencer. Tudo isso mostra minha fragilidade. Mas não temo de assumir o compromisso que Colocastes em minha consciência, de praticar o Amor Incondicional em todas as circunstâncias, em todos os relacionamentos. Sinto a aspereza da missão e a mais forte delas, a mais dolorosa, é o sentimento de solidão, de não ter ninguém que caminhe comigo em todos os momentos sem a marca da intolerância, do ciúme, da exclusão.

Também sinto, Pai, em momentos especiais a Vossa graça se derramar por todo o meu ser, iluminando meu corpo e minha alma. Nesses momentos sou preenchido totalmente por uma compreensão mais ampla da vida, onde o coração fala mais alto e a mente não tem vergonha das lágrimas. Sinto a importância do meu pequenino ser frente a infinitude do universo, só porque me destes o alento da vida e o livre arbítrio para que eu pudesse por minhas próprias forças alcançar a plenitude do que desejas.

Irei sair na próxima semana deste deserto, como irei caminhar? Senti que a solidão me aproxima de Vós, mas Vos me destes a incumbência de aplicar o amor incondicional também nos relacionamentos. Então irei contra duas tendências internas, a disposição de ficar no deserto, isolado, e a provocação de dores nos outros, pois cada pessoa que se relaciona comigo e que não consegue a exclusividade, sofre profundamente.

Pois assim sendo, Pai ensina-me a amar sem exclusividade e sem fazer sofrer! Que palavras devo dizer, que ações devo fazer? Além de mostrar toda a verdade do meu pensamento e sentimentos com a mais pura transparência que posso ter? como enfrentar a ignorância e intolerância do mundo, que ainda arraigado a raiz do egoísmo repudia as ações do amor que se contrapõem aos seus interesses? Como suportar o peso do ódio que sobre mim é gerado quando por amor eu quebro preconceitos? Como vencer os meus próprios obstáculos, como orgulho e vaidade, que tantas vezes me impedem de junto ao próximo corrigir os meus erros?

Vejas, Pai, destes uma tarefa tão importante a um ser humano tão frágil! Eu não posso negar a Vossa sabedoria e dizer que estás errado, alguma coisa esperas com essa decisão. Como eu decidi ser instrumento da Vossa vontade, aqui estou eu para obedecer. Mas, Pai, confesso a ti a minha ignorância, e dá-me um pouquinho de sabedoria para que eu possa caminhar com minhas companheiras sem causar tanto estrago em seus corações.

Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 23/03/2013
Código do texto: T4204148
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