ORAÇÃO À DEUS
Oh! Supremo arquiteto do universo
Que tudo fizeste justo e perfeito
Eu vos quero louvar!
Há tanta coisa maravilhosa para agradecer,
Há tanta beleza para emocionar,
Que eu não tenho nada para pedir,
Eu quero é dar; e dizer que a vida é bela
É consentida
É digna de ser vivida.
Muito obrigado Senhor!
Pelo que me deste, pelo que me dás.
Pelo ar, pelo pão, pela paz.
Muito obrigado pela beleza,
Que meus olhos veem no altar da natureza,
Olhos que fitam o céu, a terra eo mar,
que acompanham a ave ligeira
Que corre fagueira pelo céu de anil,
Que fica vendo a terra verde,
Salpicada de flores de tonalidades mil.
Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver o meu amor.
Que ante a minha visão,
Eu contemplo a humanidade.
Eu vejo a multidão e encontro cegos,
Que tropeçam na escuridão,
Que andam na solidão.
Por eles eu oro e a Ti eu peço comiseração,
Porque eu sei,
Que depois dessa lida,
Na outra vida eles também enchergarão.
Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus,
Que foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no terreiro,
A melodia do vento nos ramos do salgueiro,
E as lágrimas que vertem nos olhos do mundo inteiro!
Ouvidos que ouvem a música do povo
Que descendo o morro, na praça a cantarolar a melodia dos imortais,
Que a gente ouve uma vez e não esquece nunca mais.
A voz melodiosa, que agora melancólica do boiadeiro
E a dor, que geme e chora no coração do mundo inteiro.
Pela minha faculdade de ouvir,
Pelos surdos quero pedir,
Eu sei que depois desta dor,
No Teu reino de amor, eles voltarão a ouvir.
Muito obrigado pela minha voz.
Mas também pela voz que ama, que reclama, que ensina,que alfabetiza, que ilumina.
Pela voz que não tem canção,
De quem o Teu nome murmura ao sentir emoção.
Diante da minha melodia,
Eu Te quero rogar pelos que sofrem de afazia,
Aqueles que não cantam de noite
Que não falam de dia.
Eu sei, que depois dessa prova,
Na vida nova, eles cantarão.
Muito obrigado pelas minhas mãos!
Mas também pelas mãos que oram,
Que semeiam, que agasalham,
Mãos do amor e de ternura
Que libertam da amargura.
Mãos de caridade, que apertam mãos.
Que solidariedade!
Mãos de psicografia, de poesias, de sinfonias, de cirurgias...
Pelas mãos dos ateus vês,
Que limpam feridas, que enxugam lágrimas e dores da vida.
Pelas mãos que atendem a velhice, o desamor,
Que no seio embalam o corpo de um filho alheio, sem receio.
E pelos pés que me levam a andar,
Muito obrigado Senhor!
Porque posso bailar!
Diante do meu corpo perfeito,
Eu Te quero louvar.
Porque vejo na Terra
Infelizes, aleijados, amputados, marcados, deformados, paralizados, desesperados,
Que não podem andar.
Oro por eles.
Eu sei que depois dessa expiação,
Na outra reencarnação,
Eles também bailarão.
Muito obrigado por fim, pelo lar!
Que é tão maravilhoso ter um lar,
Não importando se esse lar é uma mansão ou uma tapera.
Se é um ninho, ou uma casa no caminho, uma favela,
Se é um bangalô, seja lá o que for.
Mas o importante é que dentro dele,
Exista a figura do amor.
Do amor de mãe, ou de pai,
De esposa ou de marido,
De filho. de irmão.
A presença de um amigo,
Alguém que nos dê a mão.
É muito triste quando estamos na solidão.
pelo menos a companhia de um cão.
mas, se eu não tiver ninguém para amar,
nem o teto para me agasalhar,
Ou uma cama para me deitar,
Nem aí reclamarei,
Pelo contrário Te direi:
Obrigado Senhor!
Porque nasci.
Muito obrigado ´porque eu creio em Ti.
Pelo Teu amor,obrigado Senhor!
Pela sua atenção...
Obrigado!!!
Divaldo Pereira Franco