ORAÇÃO DE DEZEMBRO/2012

Pai, me dirijo a Vós com a humildade do filho reconhecido e portador de inúmeras deficiências. Deficiências até de reconhecer a Tua paternidade para comigo. Quanto tempo passei na dúvida, oh, Pai, da tua existência, da minha filiação a Ti, do respeito e consideração que eu deveria ter, de cumprir a Tua vontade, de respeitar também os meus diversos irmãos, principalmente aqueles que bem adiantados estão, como Jesus Cristo, que assumiu a Vosso pedido o comando do nosso planeta.

Agora sei, MEU PAI, da tua existência, da minha filiação! Agora percebo o Teu aconchego, amor e proteção em toda beleza da Natureza que colocastes ao meu alcance. Sei que não posso te perceber com os cinco sentidos da Natureza na qual estou incluído, mas que minha razão, sentimentos e intuição levam a criação de um sexto sentido, a FÉ, que permite que eu descortine todo o mundo espiritual que é nossa morada original.

Agora sei, MEU PAI, que o meu irmão mais velho, mais instruído e mais obediente às Vossas ordens, Jesus de Nazaré, assumiu uma personalidade histórica para cumprir a missão espiritual que determinastes. Ensinou que a Vossa essência é o amor e que existe em semente em meu coração e a Sua Lei em minha consciência. Portanto, quando estou sintonizado com o amor, estou sintonizado com o Pai.

Sei também que tudo foi criado com potencial de evolução, que Vós não queria criar coisas inertes, seres autômatos. Dotou cada ser vivo de uma consciência e dentro dela, de acordo com o grau evolutivo, o livre arbítrio. O Pai tem tanto respeito por minha integridade e dignidade pessoal, individual, que Ele pode intervir em qualquer aspecto da Natureza, mas jamais intervém no Livre Arbítrio. Sou o artífice do meu próprio destino, Pai, reconheço. Tudo que eu fizer de positivo ou negativo, terei que assumiras consequências boas ou más. Assim como sou imaturo, ignorante, vivo num planeta adequado ao meu grau evolutivo e que ambos, eu e o planeta, estamos no processo evolutivo. Mas, Pai, a inteligência que nos destes pode ser um fator de desvio de nossa devida trajetória evolutiva, essa inteligência pode nos levar aos prazeres imediatos que o mundo material nos oferece e até esquecer do mundo espiritual que é nossa origem.

Pai, quero fazer um pedido! Mais uma vez, me sinto até envergonhado... Aprendi pelas lições que Jesus deixou que devemos nos esforçar para mudar a prevalência do mal da face da terra, a começar pela limpeza do coração. Esse primeiro passo, acredito, Pai, que tive um bom desempenho. Meu coração não tem tanta sujeira egoística. Mas o passo seguinte, de colaborar com a compreensão da verdade espiritual para a humanidade que vive mergulhada na ignorância e na prática do mal, estou sendo muito falho. Sei das lições e do exemplo que Ele deixou até o ponto culminante da crucificação. Sei dos muitos irmãos que seguiram suas lições e também muito contribuíram com meu aprendizado. Sei que agora é minha vez de dar minha parcela de contribuição, de com o sacrifício pessoal oferecer o aprendizado que alguém no passado me deu com o seu sacrifício pessoal.

Sei agora, Pai, que Jesus voltou à atmosfera terrestre, dessa vez na condição de espírito, para melhor organizar as forças do bem no esclarecimento do mundo espiritual e do papel que cada um veio cumprir no pequeno período da posse do corpo material. Orientou para que tivéssemos o hábito da oração, pelo menos uma vez ao dia, de preferência a noite, antes de dormir, como forma de comunicação com as forças do bem e assim estarmos melhor sintonizados com a Vossa vontade através dos irmãos mais capacitados. Mas, Pai, não consigo estabelecer minha disciplina interna, de fazer o contato regular com o Mestre, meu comandante nessa batalha que está em pleno curso. Me sinto Pai, um soldado covarde e preguiçoso... tantas coisas vão surgindo, tantas opções de servir ao Pai e muitas vezes faço a opção pelo meu prazer pessoal! O Mestre espera minha colaboração efetiva, e sei que também Vós, meu Pai, também espera isso de mim! Por isso me sinto envergonhado, não é essa a primeira vez que peço coisa semelhante... mas como sei da Vossa eterna paciência, venho apresentar como atenuante de minhas faltas as intenções do meu coração. Paciência, Pai, e torça para que o meu fraco espírito vença a força do corpo material que me destes para fazer esses estudos, para realizar o trabalho necessário que o Mestre espera.

Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 02/12/2012
Código do texto: T4015714
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