TEMPO - vale à pena esperar?
Tempo, tempo, quem pode entender tua natureza e sentido?
Serás tu o mero indicador do momento em que algo deva ocorrer?
Seguindo as palavras do sábio Salomão, tu defines um instante para cada labor ou sentir terreno (Ec 3:1)?
Ou a contagem da única coisa que realmente é certa, o final da vida humana, que como nuvem se desfaz (Jó 7:9)?
Tempo, que revelas ao homem que tudo em uma semana foi criado (Gn 1:1-31 e 7:1-2).
Mas que comprova que Eras e milhões de anos na Terra se passaram.
Tempo, que depende do referencial, pois o que para nós é milênio, para Deus conta um dia (II Pe 3:8).
Tempo, que revela as oportunidades e que as carrega como a corrente de um rio.
É provável que não possamos entender nem mesmo o nosso próprio tempo.
Como iríamos nos aventurar na contagem divina, que se mede de eternidade em eternidade (Hc 1:12)?
Seríamos, então, separados, de forma cruel e inexorável, do Senhor do Universo pelo tempo?
Estariam nossas preces perdidas no tempo, impossíveis de ter retorno em nossa vida?
Felizmente não acontece assim com nossas preces e pesares levados Àquele que domina o tempo.
Foi Ele que fez parar o sol e a lua para atender Josué, criando um dia sem igual (Js 10: 12-14).
O mesmo que determinou o retorno do relógio de sol para socorrer Ezequias.
É quem promete que no tempo aceitável nos ouve e no momento certo nos atende (II Cor 6:2).
Mas seria nossa relação de tempo com o Altíssimo reduzida a este quantum do tempo?
Em verdade não, pois Ele espera que o reconheçamos como Deus neste tempo, hoje, agora (Hb 3:15).
Sendo os primeiros dias de nossa vida a ocasião apropriada para que dele nos lembremos (Ecl 12:1).
E o que isso pode nos trazer no tempo é o direito de com Ele estar agora e na eternidade (I Ts 4:17).
Texto de autoria do Pastor Elcio Lourenço.
Pastor desde 1968. Matemático e Engenheiro Civil, Pós-Graduado pela UnB, Mestre pela Universidade de Birmingham/Inglaterra, país onde residiu por dois anos com sua família.