Oração do meio dia.


 
Meu coração elevo aos céus, ao infinito
E como de aflito, clamo por TI
À hora em  que se coloca sobre a mesa a refeição cotidiana,
Que sustenta a matéria e mantém a energia física...
Muitos, óh, PAI, sequer tem o que comer!

O mal, que na inclemência do sol a pino
Torra sem piedade o chão do sertão,... e faz morrer a plantação,
O mal que de tão frio no sul, congela até o coração
De quem deveria ajudar os sem teto e sem agasalhos,
O mal de meio dia, SENHOR, que visita minha miséria humana,...
E especula a minha fé, dizendo:

Onde está o seu DEUS, que não responde?
Que não enxerga a sua fome nem a sua dor?
Que permite se acabarem os seus sonhos e esperanças, ante a realidade,
Ante a todos esses besta feras que se levantam contra você:

A fome, a miséria, a doença, o abandono, o desamor?
SENHOR, ai de mim que choro e minhas lágrimas
De tantas, já nem rolam mais...
Há em meu pranto,
Apenas um caminho de dor traçado por passos incertos...
Vislumbro o meu deserto em constante dor, remoendo-me em meu fracasso...

Sinto-me só, como perdido fosse de TEU AMOR...
Como o filho pródigo, lhe peço, SENHOR
Sob a inclemência de todo esse mal que me assola ao meio dia
Tendo a alma, a barriga e marmita vazia, TE peço, SENHOR

Acolhe-me em TUA BONANÇA, ... Faça comigo a mesma festança que fizeste ao filho pródigo
Porque eis-me aqui de volta a TEU PÉS, clamando por tua salvação
Pedinto-TE a TUA LUZ e TEU SOCORRO...
Mas vem depressa, senão o mal, que me assola ao meio dia, me vence
E sem forças, desfaleço e morro...

 
Obrigado(a) SENHOR!


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Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 19/07/2012
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 19/07/2012
Reeditado em 19/07/2012
Código do texto: T3786247
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