SUOR E LÁGRIMAS

Deus.perdoe-me a ignorância e a teimosia.

Mas não consigo entender,nem aceitar o porquê,do descaso do meu filho,da frieza e o abandono total e absoluto.

Nem uma ligação,nem uma mensagem,nem uma notícia,nenhum contato.

Me riscou da sua vida,me apagou com uma borracha, um rabisco qualquer,escrito num papel.

Todos os momentos que passamos juntos,tudo parece não ter significado nada.

E a cada dia,com o seu silêncio, ele reafirma seu esquecimento.

Silêncio este,que são como facadas no meu peito.

Mas não concedem o tão esperafo descanso,muito menos o salvamento.

Dia a dia,hora em cima de hora,minutos sem fim.

Há dias que ainda na madrugada,esta dor me desperta,e me faz sair correndo no escuro,sem destino.

O meu fôlego é o desespero,só que o meu corpo inteiro já foi vencido pelo cansaço.

Então volto cambaleando,sem ter chego a lugar nenhum.

Deito no frio chão da sala,ciente que esforçei-me bem mais do que deveria.

O suor e as lágrimas se unem.

E com pesar percebo, que não me proporcionou nenhum alívio ao meu sofrimento

Toda a ânsia de arrancar esta angústia,enraizada no meu peito.

Então me pergunto.

Por onde andará a endorfina?

Que os mais sabidos, afirmam meu corpo produzir com os exercícios?

E a alegria e o bem-estar?

Por onde andam?

E a serotonina no meu cérebro?

Resolveu cruzar os braços e entrar em greve indeterminada?

Porque não é para isso, que eu tomo essas drogas de remédios?

Drogas em remédio,remédios que são uma droga!

Aponte-me Deus,qual foi meu pecado tão grave,para que eu me arrependa e o Senhor me arranque desse abismo.

Ouça Deus Amoroso e Misericordioso,que ainda concede à minha alma,

O estado vegetativo.

Não estou lhe pedindo que tudo dê certo em minha vida!

Estou implorando que me livre dessa prisão e tormenta.

Não sei o que é pior.

Precisar dormir para que essa dor me conceda uma trégua,

Ou acordar,e ainda persistir tamanha angústia cruel e impiedosa.

Ou ao menos me conceda a "Graça" de dormir e acordar somente, quando ela tenha desaparecido do meu peito.

Deus, até quando?

Até quando me sentirei tão imensamente infeliz,tornando os que "ainda" me amam também tão infelizes?

Te pergunto,me pergunto.

Me culpo,culpo a todos.

E ninguém me responde.

E quase todos os que tentam me ajudar,ferem-me ainda mais.

Com suas frases feitas e perfeitas.

Como se fosse possível, estar tão gravemente ferida,e ainda resistir por mais um só segundo.

Insistem incessantemente, tão certo quanto existe noite e dia.

Que não tento reajir.

Que me entrego,não me esforço,não luto o bastante.

Eu te suplico Deus,porque a minha voz está sumindo.

Logo,logo,não terei mais forças para pedir ajuda.

E o Senhor é o Único Deus do Impossível!

O único Deus dos milagres !

Por favor

Não me ignores mais...

Vastí
Enviado por Vastí em 14/05/2012
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