Pedido ao Pai dos pais.

Pai, chove lá fora.

E como é gostoso ver e ouvir,

a chuva, o seu barulho, sentir seu cheiro,

perceber a umidade revitalizando o ar, a vida lá fora!

Peço-te grande Pai,

que além das funções das águas,

além das vidas molhadas e revitalizadas,

as águas desta bendita chuva,

lavem também as impurezas deste Mundo!

Que vosso milagre seja transmitido,

aos seres de boa vontade,

aos irracionais e racionais,

mas principalmente ao Homem,

construção vossa, feita a vossa imagem e semelhança!

Tu sabes ó Deus,

que este Homem só tem praticado

aquilo que não vos agrada!

Eu sei Pai que eu também tenho errado,

mas certo estou dos meus pecados.

Oro em palavras silenciosas,

suplico-te o teu perdão,

para que possas caminhar então

por tuas sábias veredas,

rindo, cantando, tropeçando ou não.

No entanto, divino Pai,

sei que nós pobres mortais

temos que caminhar e

cumprir nossas sinas.

Só te rogo então

que me reforces na lida,

dando-me devida acolhida,

para continuar a navegar!

Nestes mares tempestuosos,

quase sempre tenebrosos,

onde habitam baleias de tormentas e,

outros monstros andróginos.

Pai me perdoe

pela fraqueza, pelo medo e frieza.

Mas só tenho a ti para pedir,

com a certeza de me fazer ouvir.

Assim tenho a certeza

que de vossa realeza,

serei premiado e poderei seguir.

Amo-te Pai, obrigado por me fazer existir!

SérgioLumell
Enviado por SérgioLumell em 27/04/2012
Código do texto: T3635816
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