Pedido ao Pai dos pais.
Pai, chove lá fora.
E como é gostoso ver e ouvir,
a chuva, o seu barulho, sentir seu cheiro,
perceber a umidade revitalizando o ar, a vida lá fora!
Peço-te grande Pai,
que além das funções das águas,
além das vidas molhadas e revitalizadas,
as águas desta bendita chuva,
lavem também as impurezas deste Mundo!
Que vosso milagre seja transmitido,
aos seres de boa vontade,
aos irracionais e racionais,
mas principalmente ao Homem,
construção vossa, feita a vossa imagem e semelhança!
Tu sabes ó Deus,
que este Homem só tem praticado
aquilo que não vos agrada!
Eu sei Pai que eu também tenho errado,
mas certo estou dos meus pecados.
Oro em palavras silenciosas,
suplico-te o teu perdão,
para que possas caminhar então
por tuas sábias veredas,
rindo, cantando, tropeçando ou não.
No entanto, divino Pai,
sei que nós pobres mortais
temos que caminhar e
cumprir nossas sinas.
Só te rogo então
que me reforces na lida,
dando-me devida acolhida,
para continuar a navegar!
Nestes mares tempestuosos,
quase sempre tenebrosos,
onde habitam baleias de tormentas e,
outros monstros andróginos.
Pai me perdoe
pela fraqueza, pelo medo e frieza.
Mas só tenho a ti para pedir,
com a certeza de me fazer ouvir.
Assim tenho a certeza
que de vossa realeza,
serei premiado e poderei seguir.
Amo-te Pai, obrigado por me fazer existir!