Buscando a Cristo

Amigo meu, e filho do Eterno Criador, minha luz e meu guia de minhas minguadas horas, correndo vou a Tí para envolver-me em teus braços sagrados, desnudos e abertos na tua cruz de sofrimento e de angústia, braços que abertos estão para receber-me e, cravados estão para não castigar-me. E Teus divinos olhos semiabertos, eclipsados por tanta lágrima e tanto sangue, fechados estão para não condenar-me, conscientes estão para perdoar-me. Pregados estão teus pés por não deixar-me e aos pés de Tua cruz estou, recebendo a unção pelo sangue de teus pés e vejo Tua cabeça baixa a chamar-me com Tua voz. Ao teu sagrado coração quero me unir, aos teus cravos quero me prender e ficar, atado e firme, no teu propósito de manter minha vida no Pai que é meu e Teu...

( Transformado em prosa, da poesia " Buscando a Cristo" do poeta alcunhado "Boca do inferno" por suas sátiras e ironias ao governo e à Sé baiana, Gregório de Matos, a Deus o que é de Deus e ao homem o que é do homem...)

Gregório de Matos (1.633 - 1.696)
Enviado por Paulo de Tarso em 08/04/2012
Reeditado em 08/01/2019
Código do texto: T3600585
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