Bondoso Pastor,
Senhor amado que a vida nos empresta.
Obrigada por nos ofertar este mundo para que possamos cumprir a efêmera passagem.
Quando menos esperamos surgirá a volta desta
viagem, de modo que é vital estar e sintonia contigo.
Pai acolhedor e benigno louvar-te nas horas tristes faz com que as almas acuadas no medo e na acidez injustiça se levantem amparadas na confiança que a fé lhe assegura.
Tenha piedade Senhor, daqueles que inconseqüentemente semeiam aos baldes a mentira, a dissimulação, a ganância, a sede de poder, a falsidade, a ignorância, a prepotência e a maldade.
Na sua eterna bondade Pai Celestial, mostre-lhes que independente das intempéries do tempo haverá o momento da colheita.
Pastor bondoso das ovelhas desgarradas, arrebanhe estas almas que vagam rumo ao nada.
Ensine-lhes a importância da prece, a beleza do perdão, a luz da fraternidade e o valor da humildade.
Mostre Senhor, para cada um de seus filhos que no engano labutam, que não existe vencedor nesta luta.
Abra os olhos Altíssimo, daqueles que mesmo diante do Sol sagrado de tuas palavras teimam em viver na escuridão.
Porque haverá um tempo Pai Eterno, em que os injustos não terão a oportunidade de se redimirem, tampouco os pecadores se prostrarem de joelhos para confessar os seus pecados.
A vida transcorre velozmente, por isso Deus de Amor ensine-nos a selecionar as sementes para que a colheita seja abundante de frutos e flores e não de espinhos e temores.
A erva daninha do pecado passeia no jardim das almas, de modo que muitas delas acabam por se perderem no descaso de te conhecer.
Estenda tuas mãos benditas, ajude-nos a cumprir a estrada da lida.
Venha na soturna madrugada acalentar as almas dos injustiçados, dos segregados, dos aflitos, dos órfãos, dos doentes, dos dependentes , dos indigentes, dos famintos de afeto, alimento e de paz, para que na tua presença possam vislumbrar a esperança, ampliar a fé, encontrarem o ombro amigo, resgatem a auto-estima, o amor fraternal, o perdão e a crença de que a verdade e a justiça sempre imperarão.
Mostre-nos Pai Amado a sua face Sagrada.
Ensine-nos que não somos absolutamente nada.
Obrigada Senhor de bondade, pelas palavras para tecer esta singela prece.
Obrigada por nos fazer compreender que não existe vida distante de ti.
Obrigada por nos ensinar a percorrer os estreitos caminhos das provas, muitas delas incompreensíveis sob ótica material, mais que em comunhão contigo, através da fé, concedes as forças necessárias para que não esmoreçamos.
Obrigada por enviar os seus anjos para habitar entre nós, dando-lhes o nome de amigos para que no tempo da angústia possamos sentir a tua presença através do amparo na hora certa.
Obrigada Senhor pela família, célula mãe do equilíbrio, pelo amor, pela união, pela capacidade de compartilhar, de compreender, de perdoar.
Louvamos-te Deus de amor, nos curvamos diante de sua grandiosidade, de teu árduo mais sagrado caminho, o qual nos conduzirá para a pacificadora eternidade.
Amém.
(Ana Stoppa)