...Resgata-me de mim...
Te peço, Senhor, perdão!
Ainda ouso te pedir que meus olhos, ouvidos, boca, mãos e pés lutem contra as amarras do dogmatismo, da ilusão, do fanatismo, da doutrina cega, do desamor, do desumano egocentrismo vigente!
Ensina-me a respirar com respeito e dignidade o ar que me ofertas. Ensina-me a alimentar-me de ti pois a anorexia da intolerâcia e da mentira me assaltam a queima-alma, deixando-me como tantos hermanos numa miséria deplorável. Não sei o que é amor. Não sei o que é amar. Perdoa-me a ignorância de algo tão substancial e elementar.
Resgata-me do labirinto do desespero, fruto do nosso irracional racionalismo. Permitas que eu aprenda a permitir me esvaziar para que haja espaço para algo maior e mais profundo e que ao mesmo tempo seja menor e simples. Que haja espaço e tempo para esperar as sementes de amor quebrarem a dormencia, florescendo. Te peço mesmo sem merecer... resgata-me de mim...