"PRECE DO DESESPERO"

Oh! Senhor Altivo! Que se passa comigo?
A cada instante, eu não percebo o perigo,
Pois, ou eu cavo meu próprio abismo, estou inseguro,
Ou eu levanto meu próprio muro.

Oh! Sublime Candura! Venha estar em mim
Que estou à beira do próprio fim,
Pois de colapsos e vertigens, sem segredos,
Sinto-me escapar o espírito entre meus dedos.

Oh! Fonte Pura! Enlaça-me em vida,
Visto que ela ainda não me foi perdida,
E creio que, por isso, eu a mereça vivê-la em seu roteiro.

Oh! Deus das Alturas! Enraíza-me teu amor,
E leva para longe de mim esta minha triste dor
Que me sangra a alma e o corpo inteiro!
                             (ARO. 1995)
Profaro
Enviado por Profaro em 31/10/2011
Reeditado em 11/05/2012
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