oração de um paciente terminal...




Libera-me

Não vês que,de mim,nada ,mais, podes esperar!
Libera-me, pois, deste doloroso mister, então
Contudo,não me percas de vista,se,assim desejares
Posto que ,minh’alma,sucumbiria na fria solidão

Libera-me,sim,da ilusão do que penso de minha vida
Que me oculta sob fantasiosas mascaras de alegria
Porem ,deixa meu dorso coberto de ferida repulsiva
Que deste ignorar de mim,abjeto corpo,eu não queria...

Ah!que dentro de minha alma, existe uma estranha dor!
Um aperto,uma angustia,de um não viver,meio,assim...
E ,qual,indefesa columba ,se debate,sem, porem,supor
Que este cárcere frio ,que,deveras, parece não ter um fim.

Porem ,se neste sacrifício,conseguir elevar minha alma
E de meu coração inquieto,surgir uma pequena alegria
Aceitarei,que este caminho incerto,percorra com calma...
Viverei,ainda que por momento,da ventura que não sabia...