"PRECE: PLANTAR PARA COLHER"
Já não bastasse o câncer eliminar a vida;
Já não houvesse tristeza na rosa de Hiroshima;
Já não criasse raízes a lepra, em feridas;
Já não existisse o enfarto que a todos alucina.
Surge o inesperado: a AIDS vem crescendo,
Sem freios, apavorando casais, já sem solução.
Vai exaurindo o ser, definhando, corroendo,
Sugando-lhe gota a gota em consumação.
Num levante repentino, a cólera revive,
Alastra-se como a queimada ao vento
Torturando lares, tornando-os abalados.
Conquanto cada governo omisso não se ative
Preocupado que não está com cada acontecimento,
Seremos exterminados pelos mesmos males do passado.
(ARO. 1992)
Já não bastasse o câncer eliminar a vida;
Já não houvesse tristeza na rosa de Hiroshima;
Já não criasse raízes a lepra, em feridas;
Já não existisse o enfarto que a todos alucina.
Surge o inesperado: a AIDS vem crescendo,
Sem freios, apavorando casais, já sem solução.
Vai exaurindo o ser, definhando, corroendo,
Sugando-lhe gota a gota em consumação.
Num levante repentino, a cólera revive,
Alastra-se como a queimada ao vento
Torturando lares, tornando-os abalados.
Conquanto cada governo omisso não se ative
Preocupado que não está com cada acontecimento,
Seremos exterminados pelos mesmos males do passado.
(ARO. 1992)