Vida

Pai, não quero nessa manhã tão bela de primavera,

Abrir a janela, sem limpar seu vidro.

Quero olhar o mundo e apenas agradecer.

Sentir n'alma o prazer de abençoar a minha outra profissão,

Aliás, tenho várias, a de mãe, professora, escritora, filha, esposa.

Em todas sou dengosa, o que me torna menina aos quarenta e poucos.

Vivo em alguns ambientes loucos, e acredito que de alguma forma

A loucura está em mim.

Quero viver, agradecer, escrever e não ter dívidas.

Mas, tenho, e não é só do fio-metal, mas de vidas que perdi.

Das lágrimas que derrameis, quero renovar meu peito,

E, ter o direito do Amor-Ágape, e não viver só com o eros,

Que me escraviza todos os dias.

Pai, quero sentir mais prazer em construir o mundo,

Mas me decepciono, me envolto em razões subhumanas.

Ás vezes, vivo como um ser único sem ninguém a minha volta,

E, outras quero abrir as portas do coração para amizades.

Mas, será que as tenho de verdade???

Pai, a minha vida lhe pertence, aquece pois este frio sonhador.

Conduza por veredas de amor,

E, não me deixe só.

Amém.

Teka Mendes Castro
Enviado por Teka Mendes Castro em 29/09/2011
Reeditado em 29/09/2011
Código do texto: T3247221
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