Dedico a:
anabailune
Diana Goncalves
LADY LAURA NOTURNA
Lúcia Constantino
Kate Weiss
Kathleen Lessa
e
Sunny Lóra .
Indagações
(animal falando)
A voz das alturas anuncia alegrias, cantares, exaltações, delícias; na nossa inocência elementar, na mansidão dos nossos gestos e atos de alimárias, perceba-se o resplendor dos tesouros ocultos, o testemunho da glória dos lírios.
A formosura do Firmamento exalta a majestade de todas as coisas, numa sucessão de maravilhas que arrebata os homens. A nós, porém, cabem o desamparo, a perseguição e o extermínio. Até quando?
A contemplação das obras do Ser Superior provoca júbilo, bem-aventurança e justos cânticos. Todavia, e nós, mártires da altivez e da vaidade humanas? Quem nos socorrerá?
Nossas aflições e dores clamam por amparo, auxílio, fortaleza e liberdade, cercados que nos vemos de espadas, lanças e setas, órfãos da piedade, da compaixão, da clemência...
Respostas
(animal ouvindo)
Um dia o homem tratará os animais como trata os filhos, e o coração deles cantará louvores à sua bondade. E ditosos conviverão.
A proteção com que ele blindar a fome deles multiplicará sua cordialidade, paz de espírito e opulência.
Porque as colinas, os mares e os ares se tornam deles o escudo, templo, refúgio e santuário; são suas possessões e cidadelas, onde o predador nunca é bem-vindo.
Os montes, relvados e nascentes abrigam miríades de seres, ocultos nas ramagens, à beira dos regatos. Assim também o céu azul e o verde mar: imensidões vivas.
E aos guerreiros que se revezam, se arriscam e até morrem para manter as condições ambientais ideais do planeta, Deus presenteia com um paraíso interior. Fonte de ternura comum.
E as montanhas, onde habitam tantos e tantos bichos, protegerão as gerações vindouras da destruição, pois que guardadas por honradas sentinelas.
Ferozes leões famintos suplicam ao Senhor, rudemente, seu alimento diário. E aos servos que guardam as selvas, preservando esse alimento, Ele retribui com bênçãos, saberes e vitórias.
Equânime e exato, Ele renova com a Criação sua aliança, compartindo a abundância fecunda dos campos e florestas.
A misericórdia, a justiça e a esperança se perpetuam em preceitos tão viçosos quanto os ramos da oliveira ou os frutos da videira. Esses bens jamais cessarão para o homem bom.
A beleza da esposa e a vivacidade dos descendentes do varão que ama os animais vicejam, fulguram, cristalinas como se águas correntes.
A generosidade e a prosperidade não o abandonarão em momento algum, perdurando até o século maior. E a riqueza jamais lhe será um fardo amargo, um peso cruel, pois que compartilhada com sabedoria.
anabailune
Diana Goncalves
LADY LAURA NOTURNA
Lúcia Constantino
Kate Weiss
Kathleen Lessa
e
Sunny Lóra .
Indagações
(animal falando)
A voz das alturas anuncia alegrias, cantares, exaltações, delícias; na nossa inocência elementar, na mansidão dos nossos gestos e atos de alimárias, perceba-se o resplendor dos tesouros ocultos, o testemunho da glória dos lírios.
A formosura do Firmamento exalta a majestade de todas as coisas, numa sucessão de maravilhas que arrebata os homens. A nós, porém, cabem o desamparo, a perseguição e o extermínio. Até quando?
A contemplação das obras do Ser Superior provoca júbilo, bem-aventurança e justos cânticos. Todavia, e nós, mártires da altivez e da vaidade humanas? Quem nos socorrerá?
Nossas aflições e dores clamam por amparo, auxílio, fortaleza e liberdade, cercados que nos vemos de espadas, lanças e setas, órfãos da piedade, da compaixão, da clemência...
Respostas
(animal ouvindo)
Um dia o homem tratará os animais como trata os filhos, e o coração deles cantará louvores à sua bondade. E ditosos conviverão.
A proteção com que ele blindar a fome deles multiplicará sua cordialidade, paz de espírito e opulência.
Porque as colinas, os mares e os ares se tornam deles o escudo, templo, refúgio e santuário; são suas possessões e cidadelas, onde o predador nunca é bem-vindo.
Os montes, relvados e nascentes abrigam miríades de seres, ocultos nas ramagens, à beira dos regatos. Assim também o céu azul e o verde mar: imensidões vivas.
E aos guerreiros que se revezam, se arriscam e até morrem para manter as condições ambientais ideais do planeta, Deus presenteia com um paraíso interior. Fonte de ternura comum.
E as montanhas, onde habitam tantos e tantos bichos, protegerão as gerações vindouras da destruição, pois que guardadas por honradas sentinelas.
Ferozes leões famintos suplicam ao Senhor, rudemente, seu alimento diário. E aos servos que guardam as selvas, preservando esse alimento, Ele retribui com bênçãos, saberes e vitórias.
Equânime e exato, Ele renova com a Criação sua aliança, compartindo a abundância fecunda dos campos e florestas.
A misericórdia, a justiça e a esperança se perpetuam em preceitos tão viçosos quanto os ramos da oliveira ou os frutos da videira. Esses bens jamais cessarão para o homem bom.
A beleza da esposa e a vivacidade dos descendentes do varão que ama os animais vicejam, fulguram, cristalinas como se águas correntes.
A generosidade e a prosperidade não o abandonarão em momento algum, perdurando até o século maior. E a riqueza jamais lhe será um fardo amargo, um peso cruel, pois que compartilhada com sabedoria.