CHUVA

Cai a chuva,

Já por quatro dias consecutivos.

Às vezes fininha, só uma garoa,

Às vezes abundante, muita água escoa

Saio na rua

E com quem falo

Diz estar enfadonho

E não está nada risonho.

Confesso pois, são meus dias preferidos

Já de manhã, caminhar na chuva

Sem guarda-chuva

É toque de luva

Da cabeça aos pés.

Oxigena o cérebro

Exprime sentimentos

Inspira a alma

Excita a mente.

Uau... um banho quente!

Para não ficar doente

E não é nenhuma vergonha

Enfiar o nariz em fronha limpa

Recém envolvida no travesseiro.

Tirar uma boa soneca,

Ao som de música envolvente,

Faz bem a toda gente;

Ah... e como é bom!

E no final da tarde

Também é muito prazeroso

Tomar um café gostoso

Acompanhado de strudel e bolo,

Uma delícia em dias cinzentos.

Melhor ainda quando em companhia

Do grande amor, ou mesmo de parentes e amigas(os)

Para rir, jogar conversa fora,

Ou, simplesmente, momentos recordar....

No labor quotidiano, muito vigor

Para colher o sabor

Do meu valor.

E por fim, nada melhor

que uma música compor,

ou um livro ler,

ou algo escrever

para me entreter.

(Amo o sol por demais, mas igualmente, amo a chuva).