Alvos tapetes!
Alvos tapetes!
Vi a mão do Criador...
Enfeitando a vida.
Ao sair para comprar o pão,
Conversa ouvi...
Falavam do cramunhão.
Estiquei meus ouvidos
Espichei o nariz...
Meti o meu dedo na prosa...
E falei: _Olhem o presente...
Que temos bem a nossa frente!
Os abordados ficaram petrificados...
Abobalhados pararam para ver...
No chão um tapete bordado...
Por flores dos Ipês carregados
Que enfeitavam a vida...
Dos transeuntes apressados.
Não viam meus irmãos...
Que Deus ali estava presente
Tentando falar com a gente:
_ Olhem para o alto...
Não olhamos apressados.
Correndo atrás de não sei o quê?
Então no seu infinito amor
Sabendo que seus filhos...
Andam de cabeça para o chão,
Enfeitou-os com aquele...
Tapete florido, na esperança.
De que ali pudessem vê-lo,
Estampado o seu infinito amor.
*Hoje pela manhã senti o sopro do Criador.