Da vida e da morte

Senhor:

Tu nos lembras frequentemente de um fato que com facilidade esquecemos. Lembras-me que nossa vida tem um limite e que também nós teremos que morrer. Lembras-nos que nossos amados podem ser arrancados de nosso convívio, de um dia para o outro.

Senhor:

A dor a a tristeza que sobressaltou a família enlutada de ... atinge a nós todos. Tu nos unes à família enlutada hoje, falando a nós todos. E é bom que Tu nos lembres, Senhor. Pois quando nós mesmos nos lembrarmos, sem ouvirmos o que tu tens a nos dizer da vida e da morte, então é como se entrássemos num quarto sem luz. É como se caíssemos num abismo escuro dos reinos mitológicos, um "dómus Aidaoú" que nos angustia. Nós mesmos não poderemos dar conta da angústia e da solidão que nos sobressaltam.

A tua palavras, Senhor, não nos lembra apenas a morte. Ela nos lembra a vida. Lembra-nos de que na cruz de Jesus a morte foi vencida pela vida. Assim, te rogamos: Conforta tu mesmo os nossos corações perturbados e angustiados. Conforta-nos com o evangelho da vida e da esperança. Faze que não fiquemos na morte, fascinados pelo seu poderio. Faze-nos olhar a cruz de Cristo, confortados e animados a viver uma vida marcada por fé, esperança e amor. "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do futuro, nem poderes, nem alturas, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rom, 8,38-39) Amém.