VÍCIO E LENITIVO

Deus!

como me entrego à poesia!

como pode alguém assim,

passar o tempo sob o espancamento

de um vício que lhe consome o dia?

eu tenho dores que já moram em mim

nessas lesões do esforço repetitivo

e se aproveitam dessa quase covardia

e me açoitam, todos os dias, enfim,

enquanto escrevo e vivo.

É tão pesado, Senhor, o fardo, que padeço, e como o lenitivo,

Deus, só encontro mesmo em mim a resposta que mereço.

- Tende piedade daquilo que escrevo, imploro! -

MARCANTE, Alexandre – 21 de abril de 2011.

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 18/05/2011
Reeditado em 18/05/2011
Código do texto: T2978720
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