VÍCIO E LENITIVO
Deus!
como me entrego à poesia!
como pode alguém assim,
passar o tempo sob o espancamento
de um vício que lhe consome o dia?
eu tenho dores que já moram em mim
nessas lesões do esforço repetitivo
e se aproveitam dessa quase covardia
e me açoitam, todos os dias, enfim,
enquanto escrevo e vivo.
É tão pesado, Senhor, o fardo, que padeço, e como o lenitivo,
Deus, só encontro mesmo em mim a resposta que mereço.
- Tende piedade daquilo que escrevo, imploro! -
MARCANTE, Alexandre – 21 de abril de 2011.
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