CONTRADIÇÃO
Das muitas vezes que me derramei,
E aos teus pés depositei minha emoção
Não foi apenas porque pensei que eras
Deus supremo e distante, mas um irmão.
As vezes em que divaguei na noite escura,
E o deserto de minha alma era seca e solidão
Meu coração era uma mistura
De certezas de teu amor e de paixão
Meu peito dilacerado pedia a cura
De tua misericórdia e do teu perdão
O bálsamo da esperança pra minha loucura
A grande necessidade de tua salvação.
Pedia aos céus, ao Deus dos desgraçados
Que me mandasse apenas uma consolação
Algo que tirasse a dor dos erros do passado
E apagasse o males que plantei no chão
Mandaste-me um Rei em uma manjedoura
Enviaste-me teu filho em meu auxílio então
Eu te agradeço, óh Deus! Por esse paradoxo
Ajudando-me a entender minha contradição...
(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 12/05/2011)