NA HORA DA DOR
Eu tenho convivido com a angústia de não viver
De não mais ser e perecer como uma folha seca
E me perder e não vencer enfim
E descobri que não adianta fingir pra mim mesma
Por mais que eu sorria e diga não ligar
Aqui dentro do peito a certeza me faz chorar
Engano as pessoas que pensam que sou forte
Fingindo à todos não temer a morte
E na verdade o que é forte em mim,
É essa angústia que revira meu humor
Que arranca minha calma e me faz infeliz
E meu silencio fala muito em meu peito
Fazendo aflorar os meus defeitos
De tudo o que eu sou e tento esconder:
Revolta, medo, insegurança e solidão
Estou cansada dessa praga que em mim se instalou
Que arranca meus cabelos e tira meu sossego
Aniquila minhas forças, e faz-me mais frágil
Bem mais do que realmente sou
Me sinto tão sozinha e sem apego
E espero nesse instante unicamente
Que o SENHOR de mim não se esqueça
Que venha livrar-me do desassossego
E em teus braços de amor cuide de mim.
(Irene Cristina dos Santos Costa -Nina Costa, 18/04/2011)