A TI

Trago a ti um corpo cansado

Agoniado de tão somente lutar em vão

Entrego agora, em tuas mãos

Uma sedenta alma que lhe implora a salvação

Os olhos cegos d'alma que chora, a carne latente

O desejo quente, a dor, a fome, a expropriação.

Não tenho nada, sigo na estrada sozinho ao ermo

Em minha mente, sigo enfermo, querendo apenas a direção

Procuro abrigo, trago comigo a difícil dúvida de um sim ou não...

Serei cativo do meu tormento, ou meu lamento te alcançará?

Serei curado das minhas chagas, ou simplesmente hei de passar?

A ti me entrego feito criança com a esperança

de que em teus braços vais me apoiar...

(Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 09/04/2011)

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 09/04/2011
Reeditado em 09/04/2011
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