Meu choro, meu lamento, minha prece!

Quando choro, não choro pelos animais que morrem ou que sequer chegam a nascer.

Não choro pelas árvores que tombam, pelos rios que morrem ou pelos pássaros que não podem mais voar.

Pois, bem sei que o Divino Condutor é benfazejo, poderoso e consolador. E, que a Ele lhe bastaria um único movimento, um único alento, um único sopro e o homem se curvaria e sobre a Natureza já não mais existiria.

Choro, a qualquer momento, pelos meus irmãos de humanidade que, mergulhados na iniqüidade, ainda não sentiram o perfume da Grande Árvore que abre seus ramos perfumados sobre todos os filhos da posteridade e nos oferece, além de sua sombra e proteção, sua seiva que promove a regeneração.

Choro, na solidão de minha Alma, mas na plena comunhão com meus irmãos de caridade e de peregrinação, sempre rumo a nossa própria redenção!

Choro, como a criança que lamenta por que não deseja crescer para não perder sua pureza e castidade.

Choro, todos os dias, por que o homem se afastou da Verdade e fere, através de sua maldade, o único elemento que, na realidade, é o balsamo consolador que lhe resgataria a igualdade de santidade e o levaria aos pés do Criador!

Meu choro, como o teu meu bom amigo, é a prece silenciosa de súplica e de gratidão, que pode promover em todos os corações as mais belas e significativas transformações!

Paz profunda, meu querido irmão!

Jose Paulo Ferrari
Enviado por Jose Paulo Ferrari em 30/03/2011
Código do texto: T2879313
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