Meu choro, meu lamento, minha prece!
Quando choro, não choro pelos animais que morrem ou que sequer chegam a nascer.
Não choro pelas árvores que tombam, pelos rios que morrem ou pelos pássaros que não podem mais voar.
Pois, bem sei que o Divino Condutor é benfazejo, poderoso e consolador. E, que a Ele lhe bastaria um único movimento, um único alento, um único sopro e o homem se curvaria e sobre a Natureza já não mais existiria.
Choro, a qualquer momento, pelos meus irmãos de humanidade que, mergulhados na iniqüidade, ainda não sentiram o perfume da Grande Árvore que abre seus ramos perfumados sobre todos os filhos da posteridade e nos oferece, além de sua sombra e proteção, sua seiva que promove a regeneração.
Choro, na solidão de minha Alma, mas na plena comunhão com meus irmãos de caridade e de peregrinação, sempre rumo a nossa própria redenção!
Choro, como a criança que lamenta por que não deseja crescer para não perder sua pureza e castidade.
Choro, todos os dias, por que o homem se afastou da Verdade e fere, através de sua maldade, o único elemento que, na realidade, é o balsamo consolador que lhe resgataria a igualdade de santidade e o levaria aos pés do Criador!
Meu choro, como o teu meu bom amigo, é a prece silenciosa de súplica e de gratidão, que pode promover em todos os corações as mais belas e significativas transformações!
Paz profunda, meu querido irmão!