O poeta tinha razão III
(Pace et spes)
Uma vez disseram-me que era preciso
esconjurar isso dentro de mim.
Só Deus sabe que tenho meus próprios de demônios.
Só um poeta de rara instrução sentimental
conseguiria libertar-me de tal angústia.
Deus, por misericórdia,
traga-me Teu anjo guerreiro,
poeta de raro preceito espiritual,
para minha alma salvar em Teu Santo Nome.
Entendo que percorro caminhos perigosos.
Sei que o inimigo apocalíptico
aproxima-se com fome voraz
em cada passo que dou,
em cada palavra que leio,
em cada verso que escrevo.
Espero encontrar em Ti
a paz e a esperança que um dia perdi
nas linhas tortas da minha pobre mente.
Em Ti, toda minha fé e crença.
No poeta, Teu anjo guerreiro,
A esperança de que ele ainda tenha razão.
In omnia saecula saeculorum.