O poeta tinha razão III

(Pace et spes)

Uma vez disseram-me que era preciso

esconjurar isso dentro de mim.

Só Deus sabe que tenho meus próprios de demônios.

Só um poeta de rara instrução sentimental

conseguiria libertar-me de tal angústia.

Deus, por misericórdia,

traga-me Teu anjo guerreiro,

poeta de raro preceito espiritual,

para minha alma salvar em Teu Santo Nome.

Entendo que percorro caminhos perigosos.

Sei que o inimigo apocalíptico

aproxima-se com fome voraz

em cada passo que dou,

em cada palavra que leio,

em cada verso que escrevo.

Espero encontrar em Ti

a paz e a esperança que um dia perdi

nas linhas tortas da minha pobre mente.

Em Ti, toda minha fé e crença.

No poeta, Teu anjo guerreiro,

A esperança de que ele ainda tenha razão.

In omnia saecula saeculorum.

Leitora BNFS
Enviado por Leitora BNFS em 16/03/2011
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