Ó grande

Que a minha conduta e que minhas ações não me sejam dadas por ti

Mas que cada conquista me seja fruto de esforço, esforço individual.

Que eu honre o que devo fazer e ser, pois se sou porque tu és e fazes, assim te honrarei.

E que a tua presença não seja confundida com inexistências.

Que os abortos naturais, milagres e relatos paranormais sejam postos em seus devidos lugares.

E que te amem pelo que tu és, sem artifício, sem mito, sem sagrado livro.

Pois se te esforças-te tanto por escrever-nos o que existe é porque confiou em nós como filhos teus e leitores da tua obra.

Sei, ó grande, que não preciso pedir perdão, pois se em algo errei não foi senão por exclusiva culpa minha, e não há quem me possa perdoar a não ser eu mesmo, por consequência da necessidade de entender onde errei e entendendo o que perdi com isso ter base para jamais repetir tal erro.

Que a tua voz não seja misturada aos gritos de desespero, mas que solenemente destacada deles seja vista como a luz do mundo.

Que a escuta da tua voz nos permita avançar ainda mais e que a ciência, emanada desta escuta por parte de alguns seres, veja também, ainda inspirando-se honestamente na tua palavra, a necessidade de uma superação desta cultura que a muito estagnou-se, pois os que se dizem os teus falam de coisas contra ti e firmam templos em nome de ti, lêem mentiras humanas atribuindo-as a ti, e condenam preconceituosamente os espíritos livres em nome de ti.

Que façamos ser segundo às nossas responsabilidades.