Culto a morte

Hoje gostaria de morrer um pouco. Gostaria de ver sangue vivo escorrendo dos meus pulsos. E ver o encontro da vida, que suplica por seu último suspiro, com a morte que vem soberana angariar o que é seu por direito. Sentir-me vivo e sentir-me morrer no mesmo instante. Só assim privo-me da frialdade lacônica das relações pífias humanas.

Para viver é preciso sentir-se vivo. A morte, presente em cada milésimo de segundo de nossas vidas, vem trazer a dor para livrar-nos da anestesia de nossos sentidos.

Quero morrer, sim. Mas que seja só por um segundo. Tu és bem vinda, cara morte. Trazei-me vida!

Stephany Eloy
Enviado por Stephany Eloy em 06/12/2010
Reeditado em 30/04/2011
Código do texto: T2656330
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