EU, UM VASO,NAS MÃOS DO OLEIRO

Eu,como barro ,nas mãos do oleiro:

Frágil,maleável ,entregue...

Eu,como vaso,nas mãos do Artista,

Criador,criativo...sensível...

Eu,quebrada e esmiuçada,

Esperando,impaciente,pelo toque

Das mãos do Oleiro,Perfeito e Santo...

Com medo,pressinto

A dor do tratar,do refazer...

Para,num toque perfeito

Começar a sentir o poder,

A graça,o amor e o perdão

Que transforma e dá forma!

Forma perfeita,sem mancha nem mácula,

Sem trinca...sem remendo, sem cera...

Pois O que molda é santo,

Transforma em perfeito e puro

O que era jogado...sem valor...

Eu,como vaso,quebrada estava,

Espero enfim,pela mão do Oleiro

Que fará do imperfeito e sujo,

Um vaso novo...digno!

Vaso de adoração...

Vaso para ser usado,cheio...

A transbordar de amor...a espalhar o amor,

Como manda o Artista,o grande Oleiro!

Eu,como vaso, em tuas mãos me entrego,

Submissa...humilhada,confesso:

És o único capaz

De transformar o vaso,quebrado e rebelde,

Num vaso de honra,

Para o teu grande louvor!

Assim seja:

Pra Teu nome engrandecer...

Ao sentir teu cuidar,teu amor!