A PRECE DESESPERADA DO SER
Senhor, Deus-Pai dos mortais: preservai das misérias do mundo, das contradições nos seres, das escolhas diversas dos seres, de desconfianças, de ciúmes, de retaliações, enfim, de todos estes males, preservai o sentimento do amor. Preservai o sentimento do amor de todo e qualquer sentimento menor que habite o interior do ser, em suma: preservai o sentimento do amor de toda e qualquer pequeneza e de todo e qualquer equívoco que já tenha se manifestado, se manifeste ou venha a se manifestar no imediato real.
Senhor, restaurai em sua plenitude o corpo e a alma do sentimento de amor; curai, em definitivo, as suas feridas, algumas ainda a sangrar no decorrer da presente vida.
Senhor, obrai para que nenhuma coisa acessória, ou circunstancial, ou do mundo das aparências efetivo, ou mesmo qualquer divisor de águas tenham, nenhum de tais opositores, jamais poder para manchar o verdadeiro rosto, o verdadeiro ser do sentimento do amor. Cuidai, Senhor, para que, a despeito do que quer que seja, o sentimento do amor seja preservado em sua essência. Se possível, se for da vontade do meu ser amado, preservado nele e em mim. Se não for da vontade do meu ser amado preservai-o, ao sentimento do amor, tão-somente em mim, ao menos em mim, Senhor - Pai de nós todos, ah, tão humanos, ah, tão demasiadamente humanos, Amém.
Zuleika dos Reis, na manhã de 22 de outubro de 2010, o primeiro texto publicado em um novo compuitador, com o qual estou começando a aprender a lidar.