Oh! Grande Deus estenda-me a tua palma,


Confuso vivo meus dias.


A paixão envaidece a minha alma,

Brindo com ela o dissabor da falsa alegria,


Sinto tua grandeza, teu amor, e minha vida segue vazia.


É tão imenso o vazio em mim...


Nada pode saciar minha fome.


Busco abrigo em teu paraíso, e tua luz me some,


Peregrinando, cego, clamo pelo teu nome.


Já ouvi o cântico dos anjos felizes...


Derramei meu pranto venerando-te com fervor.


Tu que és grandioso, que és filho da virgem,


Purifica minha origem, e dá-me o perdão do teu amor.


Faça que eu trilhe teu caminho e liberta-me da dor.


Mostra-me quão dissimulada é a vaidade do mundo,


Faça que eu sinta a podridão impregnada no seio da humanidade.


Deixa-me ouvir o desespero das almas perdidas no abismo profundo,


Revela-me quando a bonança dos homens fora substituída pela crueldade.


Por fim, permita-me renascer com a esperança no berço da verdade.


Sou teu filho, que vagando ficara perdido,


Fui para longe de ti, e caminhando ganhei feridas.


Dos vales sombrios volto arrependido...


Quero agora louvar teu nome, dedicar-te minha vida,


Quero inundar minha alma deserta,


Com as virtudes da tua água viva.

 

Amem!

 

Teodoro Poeta
Enviado por Teodoro Poeta em 11/10/2010
Reeditado em 11/10/2010
Código do texto: T2549636
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.