Excelso Em Magnitude

És inigualável em magnitude

Quão difícil e mensurar sua grandeza

Por ser eu misero

Incapaz

Apenas matéria

Desprovido do dom da eternidade

Não me vem à mente condições de decifrar-te

Trouxestes-me a vida

Com suas poderosíssimas mãos

Tivestes misericórdia de mim

E fizestes me existir

Quão misteriosos e sublimes são teus caminhos

Incomparáveis

Imensuráveis

Oh Ser mais sublime do universo!

Assentado sobre infindos e eternos portais

Desfizestes principados

Destronastes horrendas potestades

Trouxestes luz e verdade a meras criaturas egoístas

Merecedores da destruição

Merecedores do desamor

Desafetos da vida

Ainda assim

Amou-os com o perfeito amor

Não enviastes herdeiro algum

Vieste tu mesmo

Deixando a mais alta e sublime posição

Quebrantas-te o plano de perdição

Onde teus inimigos não mensuravam sua humildade

Descrendo de ti

Julgavam impossível a redenção

Onde a desolação universal seria o melhor

Onde a destruição eterna seria a única porta a ser aberta

E outra vez

Mostrou-se merecedor de ser o que tu és

Enfrentastes o impossível

Resgataste o que a ti pertencia

Não se importando com o que havia de vir

Pois a ti pertence toda a existência

Todo o tempo

Todo o poder

Sendo firme

Não disputaste com ninguém

Acerca do que somente a ti pertence

E sabendo que diante de ti nada se detém

Apenas entregastes o que era teu

A fim de que fossem cumpridos teus eternos desígnios

Viveu como a mais baixa escoria

O homem

Outrora

Sua imagem

Outrora

Sua semelhança

Parte de ti

Sim

Vivestes assim

Para que vivendo como tal

Compreendesse suas fraquezas

Compartilhasse de seus amores

Os livrastes de seus temores

E sabendo como vivem

Concederias a tais o dom da misericórdia

O dom do perdão

Provastes o beijo da morte

Para transformá-la em vida

Trilhou por caminhos sombrios

Caminhos que não eram teus

Visitou a lugares de desespero

De perdição

Para anunciares

Para reconduzir

Para vencer

Provou mais uma vez que és singular

Que és único

Que nada pode parar diante de sua majestosa presença

E mesmo as entidades mais poderosas

Prostraram-se

Em reconhecimento de sua excelsa magnitude

Em reconhecimento do seu domínio

Obrigados foram a restituir a quem de direito

Tomastes a chave da eternidade

Selastes o que sempre te pertenceu

O que sempre amastes

O que sempre foi teu

E desta forma

Agora também és amado

Pelo muito que perdoou

Pelo muito que sacrificou

Pelo muito que amou

Pelo o que tu és

Libertaste à escória

A mais ingrata e vil de suas criações

Aquela que mata

Aquela que destrói

Retirastes do coração imperfeito

As lamúrias

Tristezas e desolações

Encravadas pela fria e traiçoeira lâmina do pecado

Que fere

Que mata

Que destrói

Outra vez

Reconduzistes o que era teu

Trouxestes de volta

Agora novamente

E eternamente

A sua imagem

Novamente

A sua semelhança

Não mais dor

Não mais desamor

És amor na essência

És a essência do amor

És belo

Impávido

És luz

És Deus

És Jesus.