Acima da carnalidade

Pode alguém amar sozinho?

É igual um estranho no ninho,

Por mais que meu esforço seja grande,

Que minha alma cante a canção

Que o diz amar,

Existe algo em você que não gostaria que existisse,

É ver algo em mim que não seja levado

A flutuar no Espírito da liberdade que nos

Foi dada numa cruz.

Não quero o tipo de amor que você diz,

Quero algo acima da carnalidade que nos enfraquece,

Que faz do que sentimos, instantes, momentos errantes,

Feito vagabundos que não dizem sim a vida,

Riem de Deus e de todos,

E sem alvoroço, entregam-se a uma vida

De mediocridade, tendo tanto a aprender

Em qualquer idade, e negam-se...

É assim que vejo certa teimosia,

É assim que acabo chorando

Esquecendo dos instantes de alegria,

Ó, mas que coração inocente é esse meu,

Querendo trazer em meu peito alguém

Que de mim quase nada entendeu,

E vagueia em sonhos querendo mudar toda a história

Do para que nos encontramos...

Ah! Como eu queria ser amada pelo que sou,

Sem seu sonho ardendo em seus poros

Por onde eu vou,

E cá estou, pedindo mais uma vez ao Senhor,

Põe no coração dele esse tanto de amor

Que existe no meu,

Amor amigo, amor irmão, amor que grande sentido

Me deu quando já não acreditava na grande multidão,

Amor que não se pede, não envelhece,

Não enfraquece,

É o amor do amigo irmão.

Protege-o Senhor , peço-te de todo coração.

Amém.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 24/07/2010
Reeditado em 26/07/2018
Código do texto: T2396197
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