COMO UMA CRIANÇA
Quero de volta a fé desmedida que sentia quando eu era apenas uma criança
Quero ser ensinada e somente por ti aprovada
Quero a inocência e a pureza habitando em meu ser
E que meu caminhar hesitante seja seguido por teus olhos
Quero viver em teu colo, lançando-me em teus braços
E como criança, quero ter a confiança cega do teu amor por mim, até mesmo quando sou travessa
Pois no meio de tantas maravilhas, tanta grandiosidade
Fui flechada pelo teu incomparável amor
E recuo as minhas tempestades somente para contemplar as tuas obras
Admiro o beija-flor, os mares e as constelações
E como aos meus olhos infantis tudo isso é incomensurável
Retiro minhas máscaras e os trajes rotos
E como uma criança, junto minhas mãos em forma de oração
Agradecendo-te por ter me escolhido ainda no ventre da minha mãe
E volto a brincar, totalmente distraída...
Mas em silêncio pergunto ao meu Pai se preciso mesmo crescer
Não posso uma eterna criança permanecer?