Orações noturnas

Orações noturnas

Nem mais as minhas marcas incomodam,

Mas as memórias que trago em minha mente.

Tenho composto orações no meio do meu quarto escuro,

Orações que saem do meu subconsciente,

Ao meu ouvido soa a mesma voz que invoca meus temores,

E entre pulsos e arrepios sou tomado por rancores.

Quem me dera meus gritos ensurdecedores trouxessem alívio,

Não posso desejar ser livre, não consigo sair do castigo.

Deitado em minha fria cama penso na tragédia serial,

Sinto-me numa forca que espera que eu tenha atitudes do mal.

Entretanto não sou assim, eu aprendi que posso ser bem mais,

Mas estas feridas me afastam de onde quero chegar.

Ao redor de mim formam-se rios de lágrimas que derramei,

Noite em que tentei dormir tranqüilo, porém me desesperei.

Eu não sei se o perdão está nascendo dentro do meu coração,

Ou se sou apenas mais um banal que prefere a escuridão.

Então eu abro a janela do meu quarto quieto,

E deixo que entre o vento que traz o ar da paz.

Respiro o que me fará bem, pois longo será meu caminho.

Não sei até onde suportarei, mas agora sei que estou sozinho.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 26/06/2010
Código do texto: T2342541
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