As perguntas

Divina Sabedoria,

De onde vim, de onde viemos?

Como estamos?

O que podemos?

Qual é a nossa serventia?

Por que somos tão obtusos diante da criação?

Por que estamos tão confusos?

Qual é a nossa missão?

Deveremos considerar o existir um fim em si?

Ou deveremos buscar infinitamente a Ti?

Se é que a parca idéia de infinito é tangível

Ou se também persegui-la nos remete ao impossível?

É vetada a ousadia que teimamos em conter?

Ou livre a fantasia que soltamos sem o saber?

Haverá uma reação das ações que praticamos?

Falo das que de antemão achamos que não erramos?

Ou a relatividade na verdade é parcial?

E a nossa capacidade para entender apenas mal

Avisa-nos quanto humildes precisamos sempre estar

Para, através desse estado, possamos nos iluminar?

Divino Senhor Supremo

Quais, das palavras que temos, poderemos agrupar

Para expressar se podemos sobre nós mesmos questionarmos

Ou se há um plano, uma agenda desconhecida apenas

Que não é dado o momento

Que a nossa mente é pequena

Certamente lhe são conhecidas as vertentes dessa busca

Os caminhos, os atalhos que ao clarear ofusca

Dadas as versões convenientes dos que eventualmente são

Autênticos ou gente que mente com o poder que têm nas mãos

Ou ainda ingênuos, leigos, suscetíveis e carentes

Alvos das mais torpes sanhas de nossas próprias serpentes?

Como esboçar algum passo se o chão nos parece instável?

Como saber confiável o que pensamos ser alvo?