Maria

Doce Maria,

Tu que me fitas com este meigo olhar,

Imaculado e puro,

Conduza-me ao que é bom no mundo

E ao que será.

Fazei de meu poema

Um ponto um trema

Que acrescente simplesmente

Algo mais ao linguajar.

À minha insônia traga a paz

E não me abandone jamais

Quand’Eu só em qualquer dia

Quand’Eu barco a deriva

Quando um vinho e Eu...

Brinde comigo à inconstância do meu verso

Aos amores tão diversos

Aos pingos da chuva e ao breu.

Dê-me inspiração também

Pra que eu não dependa somente de musas,

Amém.