Dias como este virão
Palavras limitam a complexidade pungente
Do sangue que corre, aquecido, voraz
Carregado de adrenalina e histórias, tantas histórias
Contos e cantos e poemas e canções ora belas, ora tão banais
Mas que marcam épocas de uma subjetividade tão profunda que a simples lembrança incita às lágrimas
Mais perto estou do altar... ora tão profano que sou!
Uma gota de nostalgia chega a buscar algum espaço
Mas a grandeza de ser o que foi, ou o que será
Espelha no passado grande
Grandeza para os dias que virão
Momentos de excelência almejados
Buscados, talvez jamais conquistados
Mas que remetem ao vislumbre de infinitas possibilidades
Mais perto de profanar... sigo em busca da santidade!
Dias como este virão
Dia após dia, galgando um pouco mais de mim
Quando precisar chorar para desabafar a tristeza
Soluçar para buscar uma voz de resposta em meio ao desespero
Apertado contra o travesseiro numa noite em que todos na casa ainda dormem
Dias difíceis sempre virão.
Forças faltam... mas não estamos sozinhos. Eu não o estou!
Ecoará minha voz, ainda que em silêncio
Na luz, ou na densidade assombrosa da angústia
Romperá as fronteiras do inimaginável
Transcenderá os limites do universo
E repousará onde tudo se torna possível.
Ouve, ó Deus, a minha oração.