Súplica

Deus, sou eu. Estás me vendo?
Estou aqui, olha, por favor,
Ouve-me, Senhor.
Eu sei, Senhor, por mim nada sou,
Mas em nome do Teu filho Jesus,
Cujo sangue meus pecados lavou
É que dirijo-me a Ti.
Para pedir-te: perdoa-me, Senhor!
Pois, pequei, pequei contra Ti,
Pequei contra meu irmão.
Contra Ti, Pai,
Porque julguei.
Contra meu irmão
Porque não o amei nem perdoei.
A tua palavra diz: "não julgueis".
O teu filho esteve aqui para
Ensinar a amar e perdoar.
Sabe, Senhor, é tão difícil
Ver um argueiro no olho de um irmão
E não ir lá tentar tirar,
Esquecendo da trave que, no meu,
Está a incomodar.
Oh, Deus! Estou envergonhado
Por esta situação.
Perdoa-me, Senhor! Perdoa-me!
Peço-te de coração.
Como pude esquecer os
Valores do meu irmão?
Como pude não lembrar
Das suas boas ações?
Só fiquei a martelar
Onde caiu o irmão.
Eu que, da lama, como um trapo imundo,
Fui tirado.
Como pude não lembrar
Que o sangue que me lavou,
Lavou também meu irmão.
Quis tomar Teu lugar
A julgar, condenar,
Coisa que nem Teu filho,
Quando aqui passou, ousou.
Não condenou! Não julgou!
Só perdoou e amou.
Como pude não lembrar
Que Jesus, quando aceitou
Morrer naquela cruz,
Foi para resgatar a todos.
Não só a mim.
Quero pedir-te, Senhor,
Ensina-me a amar
Cada vez mais o meu irmão.
Não deixa que a vaidade encha,
Pouco a pouco, meu coração.
Firma-me em Tua rocha,
Para que não volte a cair.
Faz-me entender que,
Sem o amor,
Cresce ódio e rancor.
Ensina-me a ver as coisas boas,
Transforma meu coração.
Senhor, mais uma vez,
Em nome do Teu filho Jesus,
Te peço:
Perdão, Senhor! Perdão!

...
Nasser Queiroga
Enviado por Nasser Queiroga em 24/12/2009
Reeditado em 08/06/2020
Código do texto: T1993881
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