VIR-TI-GEM

Delícia!

Eixo sem centro.

Admiras o céu.

Você não precisa ler Nietzsche, és _ana.

Musa de santos dessa e d'outra vida.

Poeta e santo da sacanagem, inspiro-me ai

no mel que hei de consumir.

Enquanto marejar serei marajá de boca esgarçada

Lingua experimentada, flexível e solta feito badalo.

Escorra mel,

sobre esse fiel,

ternura infinita!

Digo o que buscas:

fogo chama ao ouvido.

assanhada venha cá

todinha.

Olha que está grosso.

Parece osso.

Vigoroso

macio feito veludo.

quanto deseja

pra não gritar

só gozar e gozar

com unhas aqui cravadas?

travesso e travesseiro

lençol de algodão

punhado de ervas

cheiro de punhal

casca de amendoim

suco de tomates

pés no chão

ancas suspensas

dedão

caximbo e torta

folhas de louro

leite quente

vibração

e o infinito

EM MÃOS CHEIA DE BELEZA.

troclone
Enviado por troclone em 20/07/2009
Reeditado em 28/07/2009
Código do texto: T1709748
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