VIR-TI-GEM
Delícia!
Eixo sem centro.
Admiras o céu.
Você não precisa ler Nietzsche, és _ana.
Musa de santos dessa e d'outra vida.
Poeta e santo da sacanagem, inspiro-me ai
no mel que hei de consumir.
Enquanto marejar serei marajá de boca esgarçada
Lingua experimentada, flexível e solta feito badalo.
Escorra mel,
sobre esse fiel,
ternura infinita!
Digo o que buscas:
fogo chama ao ouvido.
assanhada venha cá
todinha.
Olha que está grosso.
Parece osso.
Vigoroso
macio feito veludo.
quanto deseja
pra não gritar
só gozar e gozar
com unhas aqui cravadas?
travesso e travesseiro
lençol de algodão
punhado de ervas
cheiro de punhal
casca de amendoim
suco de tomates
pés no chão
ancas suspensas
dedão
caximbo e torta
folhas de louro
leite quente
vibração
e o infinito
EM MÃOS CHEIA DE BELEZA.