DEUS, TRAVESTIDO DE MENDIGO
Oh Deus,
Aquele pedinte eras tu,
Travestido de mendigo,
Chamava-me de filho,
Pedia-me abrigo,
Chorava a sua dor,
Falava-me com amor,
Palavras dóceis e amáveis,
Gestos agradáveis,
Iguais aos ensinamentos do Senhor.
Oh Deus,
Aquele pedinte eras tu,
Trazia a riqueza na alma,
Nos lábios a humildade que acalma,
No corpo trapos para discernir o filho escolhido.
Pobres são aqueles que correm por caminhos perdidos,
Na busca incessante de ter sempre mais.
A ganância de acumular tesouros na terra
Perde-se a alma e os olhos cegos
Não enxergam a humildade do Pai.