Visões de um Cego
Toda a Tua imensa grandeza
frente a meu reduzido tamanho.
Toda a Tua real riqueza a acusar
a minha insofismável miséria.
Toda a Tua incontestável verdade
a lembrar minha pequena luz.
E ainda assim,
o que é ínfimo deseja vislumbrar
o que é infinito.
Seria ambição?
Arrogância de renitente orgulho?
Tola pretensão?
Não, estou por demais exaurido
para nutrir a fome do velho ego.
Quem clama pelo Pai
é o espírito carente do afeto do Criador.
É a criatura pródiga
que deseja retornar
ao ninho de onde partiu.
É uma consciência envelhecida
que quer simplicidade e liberdade.
Que minha auto-estima
não me julgue menor
ou maior que um igual.
Que Tua sagrada paternidade
seja o ponto convergente dos filhos.
Que a fraternidade oculta
na poeira dos livros nasça para o mundo.
Que surja das consciências maturadas
e não da imposição da força.
E que no sentimento de irmandade
sejamos puros como crianças.
E eu que almejei ser grande
haverei de ser feliz, pequeno para Ti.
E eu que desejei ser um velho ermitão,
serei um alegre menino.
Eu que me atrai pela solidão,
por Te encontrar não estarei só.
Eu que rejeitei e fui rejeitado
pelo mundo, amarei e serei amado.
O milagre estará na graça de Teu afeto
que nos une para Ti.
E os apaixonados pela justiça
serão fecundados pelo amor.
A lei terá o seu sagrado encontro
com a misericórdia que educa.
A dialética da atividade
e a harmonia da passividade equilibrar-se-ão.
E as guerras exauridas da evolução
haverão de ser, por fim, paz.
E o princípio será o fim
e o Verbo será viva essência na substância.
E na história de cada um
o questionamento: Quem sou eu?
E o ínfimo átomo de poeira
se poderá descrever o nascer do universo.
E o Criador se fará presente
nas suas criaturas, atraídos pelo amor.
E os olhos serão insuficientes
para constar a visão de tanta luz,
mas o coração atrevido
haverá de pulsar inquieto neste oculto lugar.
O que a consciência
desconhece nascerá das teias do inconsciente.
Das dúvidas tão necessárias
à evolução chegaremos às certezas.
E a verdade, por fim,
será honesta e não os dogmas da intolerância.
Pois que partidos e parciais
haveremos de chegar a ser o Todo.
No amanhã serão os homens de fé
os grandes cientistas da Terra.
A razão não estará proscrita,
mas antes mais próxima do coração.
Pois que amor e lei não são contraditórios
mas as partes do Único.
Humildade não será humilhação,
será suave força a domar o orgulho.
As individualidades terão a exata noção
de serem parte do Todo.
E a criatura não mais
desejará brincar de criador,
terá ética na alma.
E pela misericórdia
será concluída a pedagogia da justiça.
E os pecados terão evoluído em virtudes.
E por fim, o sorriso franco.
E por fim, a felicidade almejada.
E eu, que fui tolo, haverei de ser sábio.
E por saber nunca mais duvidarei
de Teu inesgotável amor.
Não terei vergonha de minhas lágrimas,
serão emoções purificadas.
Não transmitirão tristeza,
mas infinita alegria que brota da alma.
E nesse instante presente
pressentirei por essas frestas do tempo.
E mesmo sem nada ver,
conseguirei sentir
nas fibras de meu coração.
Toda a Tua imensa grandeza
frente a meu reduzido tamanho.
Toda a Tua real riqueza a acusar
a minha insofismável miséria.
Toda a Tua incontestável verdade
a lembrar minha pequena luz.
E ainda assim,
o que é ínfimo deseja vislumbrar
o que é infinito.
Seria ambição?
Arrogância de renitente orgulho?
Tola pretensão?
Não, estou por demais exaurido
para nutrir a fome do velho ego.
Quem clama pelo Pai
é o espírito carente do afeto do Criador.
É a criatura pródiga
que deseja retornar
ao ninho de onde partiu.
É uma consciência envelhecida
que quer simplicidade e liberdade.
Que minha auto-estima
não me julgue menor
ou maior que um igual.
Que Tua sagrada paternidade
seja o ponto convergente dos filhos.
Que a fraternidade oculta
na poeira dos livros nasça para o mundo.
Que surja das consciências maturadas
e não da imposição da força.
E que no sentimento de irmandade
sejamos puros como crianças.
E eu que almejei ser grande
haverei de ser feliz, pequeno para Ti.
E eu que desejei ser um velho ermitão,
serei um alegre menino.
Eu que me atrai pela solidão,
por Te encontrar não estarei só.
Eu que rejeitei e fui rejeitado
pelo mundo, amarei e serei amado.
O milagre estará na graça de Teu afeto
que nos une para Ti.
E os apaixonados pela justiça
serão fecundados pelo amor.
A lei terá o seu sagrado encontro
com a misericórdia que educa.
A dialética da atividade
e a harmonia da passividade equilibrar-se-ão.
E as guerras exauridas da evolução
haverão de ser, por fim, paz.
E o princípio será o fim
e o Verbo será viva essência na substância.
E na história de cada um
o questionamento: Quem sou eu?
E o ínfimo átomo de poeira
se poderá descrever o nascer do universo.
E o Criador se fará presente
nas suas criaturas, atraídos pelo amor.
E os olhos serão insuficientes
para constar a visão de tanta luz,
mas o coração atrevido
haverá de pulsar inquieto neste oculto lugar.
O que a consciência
desconhece nascerá das teias do inconsciente.
Das dúvidas tão necessárias
à evolução chegaremos às certezas.
E a verdade, por fim,
será honesta e não os dogmas da intolerância.
Pois que partidos e parciais
haveremos de chegar a ser o Todo.
No amanhã serão os homens de fé
os grandes cientistas da Terra.
A razão não estará proscrita,
mas antes mais próxima do coração.
Pois que amor e lei não são contraditórios
mas as partes do Único.
Humildade não será humilhação,
será suave força a domar o orgulho.
As individualidades terão a exata noção
de serem parte do Todo.
E a criatura não mais
desejará brincar de criador,
terá ética na alma.
E pela misericórdia
será concluída a pedagogia da justiça.
E os pecados terão evoluído em virtudes.
E por fim, o sorriso franco.
E por fim, a felicidade almejada.
E eu, que fui tolo, haverei de ser sábio.
E por saber nunca mais duvidarei
de Teu inesgotável amor.
Não terei vergonha de minhas lágrimas,
serão emoções purificadas.
Não transmitirão tristeza,
mas infinita alegria que brota da alma.
E nesse instante presente
pressentirei por essas frestas do tempo.
E mesmo sem nada ver,
conseguirei sentir
nas fibras de meu coração.